Sobre a Celulite
A primeira coisa a se saber sobre a celulite é que ela é como Pressão Alta, ainda não existe cura mas existe tratamento.
A segunda coisa a se saber é que celulite é uma alteração tecidual inerente da mulher e do seu ciclo hormonal. Se uma mulher não tem celulite é porque ela foi uma das raras abençoadas.
O nome pomposo da celulite é Paniculopatia Edemato-fibro-esclerótica (PEFE).
– Paniculopatia – doença do tecido
– Edemato – de origem edematosa (de edema)
– Fibro – de origem em fibroses
– Esclerótica – de origem em escleroses (deficiência circulatória)
Durante o ciclo menstrual é normal a mulher reter líquido (edema), principalmente no tecido adiposo, que é um tecido com poucos vasos sanguíneos (esclerótico). Essa retenção de líquido causa o rompimento de trabéculas de sustentação (colágeno) que dão formato ao tecido. Devido à pouca irrigação sanguínea a cicatrização dessas trabéculas é deficitária evoluindo em fibroses. Essas fibroses é que causam as retrações que dão o aspecto de casca de laranja na pele.
Neste quadro descrito podemos ter componentes hereditários, traumáticos (pancadas por ex.) e comportamentais – dieta desregrada e sedentarismo.
Os tratamentos são focados nessas raízes podendo ser profiláticos e/ou terapêuticos que quando associados potencializam o resultado. Entre eles temos:
– Dieta: uma reeducação alimentar com uma dieta saudável evita a retenção de líquidos, o aumento do tecido adiposo – quanto mais gordura mais celulite, melhora o metabolismo – melhora a cicatrização evitando a formação das fibroses;
– Atividade física: acelera o metabolismo, queima excesso de gordura, melhora a circulação e diminui a retenção de líquidos;
– Drenagem linfática: sozinha atua somente na prevenção. Entretanto associada a outros tratamentos mais invasivos é um importante aliado retirando o excesso de líquido e metabólitos restantes do tratamento. É crucial como complementação em todos os tratamentos;
– Medicação oral: alguns medicamentos agem melhorando a circulação e diminuindo a retenção de líquidos;
– Massagens específicas: como modeladora, bambu e gancho que vão atuar como coadjuvantes junto com a drenagem linfática;
– Endermoterapia: equipamento que atua com vácuo ajudando a romper as trabéculas fibrosadas. Atua como coadjuvante aumentando a eficiência de outros ou até como principal, mas não tão eficiente neste caso. Não é recomendada para pessoas com tendencia à flacidez;
– Ultrassom – existem diversos aparelhos com diferentes tecnologias cuja a função é dissolver, através de ondas de som, as trabéculas fibróticas.
– Carboxiterapia: a injeção do anidro carbônico medicinal vai atuar rompendo as traves, aumentando a circulação sanguínea e consequentemente o metabolismo e a queima de gordura;
– Mesoterapia: injeção de ativos a nível local que terão ação sobre a fibrose, a esclerose, retenção de líquidos e melhora no metabolismo;
– Radiofrequência: o aquecimento da água intra-tecidual “amolece” as fibroses, além de acelerar o metabolismo local e promover a síntese de colágeno;
– Subscisão: técnica usada para os casos mais graves de celulite para romper as trabéculas mais resistentes. Pode ser feita à frio (com subscisor metálico) ou a laser (microcânula especial).
Em todas as associações devem estar presentes a reeducação alimentar a atividade física e a drenagem linfática para otimização dos resultados.